Comprei esse livro sem compromisso. Não podia imaginar que
iria gostar tanto de Titânia e das pessoas que lá vivem. Um mundo novo e
fantástico, personagens cativantes que me fizeram rir e chorar (literalmente).
E que me deixaram durante com cara de boba durante algum tempo porque eu ficava
lembrando de tudo o que vivi (sim, eu vivi).
Uma das coisas que mais gostei na leitura deste livro foi
que o autor realmente conta uma história. Ele narra, comenta, brinca... E isso
te dá a sensação de que ele está ali com você, te levando por terras que você
antes não conhecia, ele te acompanha por todo o caminho (de fato eu me peguei
uma ou duas vezes respondendo ao livro, ou melhor, ao Renato ;p).
Antes de começar a leitura eu advirto, aperte o cinto de
segurança, porque você vai ser arremessado no meio de uma batalha logo de cara.
Dragões de Titânia não começa devagar, ele já começa com todo gás, narrando uma
batalha entre Telus e as forças revolucionárias que lutam contra a tirania do
auto-intitulado Barão de Argos, e as armaduras fantasmas deste último. Mas apesar
de você ser jogado no meio do tumulto, durante o primeiro capitulo, os
flashbacks dos personagens nos permitem entender como afinal chegamos aquele
ponto.
Telus é um anão, que vivia numa fazenda e que por acaso (ou
não) conheceu um rapaz chamado Peter Paul. Juntos eles decidem partir numa
aventura para recuperar um artefato roubado. No meio desta viagem eles conhecem
algumas pessoas, entre elas Miranda, uma maga que lidera uma revolução contra o
governo da pequena ilha de Argos. Telus e Peter Paul decidem se juntar a
revolução, assim como Galileia, a freira para quem eles recuperaram aquele
artefato roubado, Khosta, uma mago completamente paranóico (adorei ele),
Alambique, um centurião que vive mais bêbado do que sóbrio, Cronus e Lerandra,
dois elfos.
Nesta batalha onde começa a nossa história, Lerandra acaba
morrendo (e antes que vocês me xinguem por fazer spoiler, fiquem sabendo que
isso tudo acontece no primeiro capitulo, sendo assim eu não revelei nada tão
dramático). E é justamente a morte de Lerandra que dá inicio a viagem de nossos
amigos até a Terra de Alfmeir, a terra dos elfos, onde Lerandra é (ou era) princesa.
Essa viagem os levará à novas aventuras, a perigos que eles
nem poderiam imaginar, e os leva a conhecer pessoas novas, estranhas e
perigosas. Piratas, elfos malignos, feiticeiros perigos. Uma viagem que mudará
a vida de todos.
A leitura é extremamente agradável e você lê e acaba se
esquecendo do mundo (porque na verdade você está em uma viagem tão fantástica
que nem mesmo quer voltar).
Um livro para ficar na memória, e no coração.
ps.: eu não vou conseguir resistir em acrescentar este
comentário. Fiquei mesmo muito apaixonada por este livro, especialmente por
certo mago chamado Khosta. Ele definitivamente me conquistou (rsrsrs).
Engraçado é que ele é um tipo muito estranho, completamente paranóico e
desconfiado. Não sei porque tenho uma tendência a gostar de personagens assim,
que são, no mínimo, complexos. Isso porque eu acho que o Khosta, apesar de toda
a pose, é um dos personagens mais... eu não sei bem como definir. Mesmo não
parecendo ele se importa muito com os outros. Talvez eu seja parecida com ele
(sei lá). Sei que tem uma cena, em que ele é protagonista, que me deixou
emocionada (acho difícil esquece-la e acho que quem ler o livro vai saber de
qual cena estou falando). Enfim, devaneios a parte... Esse com certeza entra
para meus favoritos e com 5 estrelas.