Todos nós passamos por momentos difíceis. Às vezes nós
precisamos de uma palavra de consolo, mas nem sempre a temos. Mas isso não quer
dizer que você não a possa encontrar. Essa palavra de consolo, de apoio pode
vir de fontes inesperadas, ou nem tanto, mas pode vir de qualquer lugar. Fique
atenta e você a perceberá.
Eu quero compartilhar com vocês um texto escrito pela Eddie
Van Feu, na revista Wicca, edição nº 49. Momentos difíceis requerem palavras
que te ajudem e de uma forma ou de outra eu sempre acabo voltando a esse texto.
Não o transcreverei completo, e sim apenas uma adaptação, que serviu para me
ajudar em um momento difícil recentemente.
Espero que possa ajudar a outros também. (e espero que a
Eddie me permita reproduzir suas palavras)
Algumas coisas
precisam de uma conclusão. Outras se concluem sozinhas. A conclusão é como
terminamos, acabamos, chegamos ao fim.
Quando perdemos
alguém, seja um amigo canino, felino ou humano (os tipos mais raros), sofremos
porque temos a certeza da saudade. Raramente compreendemos que aquela partida é
também um ponto final em fases de nossa vida. E quando compreendemos,
esquecemos que na vida não existe ponto final. Alguns acreditam que a morte é
um ponto final, mas ela só leva a uma outra história.
Todos perdemos amigos
que amamos. Alguns de forma mais brusca, outros de forma mais suave, mas cedo
ou tarde, todos perdemos. A dor é inevitável. Não fuja dela. Sinta e respeite
sua dor. Suas lágrimas são o alicerce de seu caráter, como a cera da vela que chora
e se acumula ao seu pé. Elas o lembram do que é realmente importante.
Quem parte leva
consigo algo precioso. Parte de seu passado, de suas lembranças, de quem você
é. Por isso mudamos tanto quando perdemos alguém. Não somos mais os mesmos. Não
quer dizer que seremos piores a cada perda. Nem melhores. A mudança para pior
ou para melhor é escolha sua. É uma nova fase, uma nova etapa, em que alguém
que você amava passou de nível e você precisa aprender a viver com uma dolorosa
ausência.
A casa vazia, o lugar
a mesa, o telefone que não toca, tudo isso lembra aquele espaço vazio no
coração que não para de doer. Não para de doer porque não está vazio! Nunca
estará, se você deixar. Os amigos que partem continuam lá, torcendo por nós,
nos ajudando quando possível, crescendo, como nós. Você não precisa deixar de
amá-los. Apenas aprenda que pode fazer isso com mais desapego. Amar deixando
livre. É difícil pra caramba!
Que dói, dói! Dói pra
caramba! E sempre vai doer. Você se acostuma e a dor vira saudade, mas sempre
vai doer. Se muito ou pouco, depende de você.
A saudade fica, mas o
intervalo é breve. A gente sempre volta a se encontrar com aqueles que amamos.
Viver entre amigos é a melhor vida que alguém pode ter.
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